wonderbóia e os heróis intergaláticos.

Wednesday, June 27, 2007

 

eu quero ouvir park avenue music até morrer, e só isso.


Sunday, June 24, 2007

 
i keep the wolf from the door, but he calls me up.

Friday, June 22, 2007

 
ive always been true to you
in my own strange way
ive always been true to you
in my own sick way
ill always stay true to you


(há um numero anormal de estrelas no céu, hoje.)

(acredito que, só nesta semana, penteei meu cabelo mais vezes do que durante toda a minha vida.)

(céus, nem eu consigo estragar isto, então deve ser algo grandioso.)

ai ai.

Thursday, June 21, 2007

 
o que acontece é assim: há o ponto zero, no fundo do poço, e lá estou eu, chorando e me lamentando, oh, dor, oh, vida, por que nada de bom acontece comigo, eu sou um aborto celeste atirado em um mundo cinzento, ai de mim -- então os anjos descem de suas etéreas altitudes lunares, atiram-me flechas, cospem na minha cara, me dão caixas e caixas de bandeides novos em folha. eu me levanto, desmasso minhas roupas, acordo, respiro, não sinto nada, as lâmpadas brotam da terra e tudo fica bem. aí tudo fica bem, muito bem, incrivelmente bem, e eu ando sobre nuvens suspirando de desgosto porque a felicidade emburrece, esperando pela queda e reclamando de medo de altura e digo que quero voltar ao ponto zero porque, ao menos, lá eu sabia que nada poderia ficar pior ainda e porque caminhar em gotículas de água condensada suspensas sobre um abismo é perigoso demais, e toma de blablablá -- então os anjos dizem, tudo bem, mas foi você quem quis isso. então eu caio caio caio e chego ao ponto zero, o fundo do poço, onde tenho certezas e tudo é concreto. aí, então -- você pensa que eu fico feliz com isso? mas quá. tudo me parece duro demais, triste demais, e por que os outros estão todos festejando entre doces e estrelas lá em cima e eu estou aqui embaixo? por que só eu eu estou aqui? ai de mim, ai de mim -- então os anjos suspiram e é um ciclo infinito.
então você vê como são as coisas.
eu sou mesmo uma bobona.

 
(insight literário número mil:)
todas as minhas garotas inventadas, todas as minhas meninas tristes -- tudo o que elas querem, acima de tudo, é um momento de plena adoração e glamour, apenas um, nada mais que isso, mesmo que isso signifique a morte, o isolamento, ou uma vida inteira de dores debaixo da mesa e flores esquartejadas. elas são tão cegas, ingênuas, deslumbradas, que não vêem nada senão aquele momento: porque, a partir daí, elas estão lá, congeladas em pura sintonia com aquele minuto, para sempre.

 
olá, bom dia, o cisne não me acordou cantando aquelas ásperas notas e o céu párece estar rachando, não sei bem. meninas usam orelhas de coelho e correm umas atrás das outras e giram giram giram com os braços abertos como em um ritual pagão de floresta encantanda. e eu sonhei que você usava os óculos do morrissey: você nunca vem me visitar e eu estou presa aqui.

 
senhor, eu acho muito rude matar o urso;
o senhor gostaria de ser o urso?

Tuesday, June 19, 2007

 

i can't say that i'll love you forever.

jamais, jamais ne me dit jamais que tu m’aimeras toujours, oh mon amour.
jamais ne me promets de m’adorer toute la vie.
n’échangeons surtout pas de tels serments, me connaissant, te connaissant.

gardons le sentiment que notre amour
au jour le jour
et notre amour
est un amour sans lendemain.

Saturday, June 16, 2007

 
cadê a charlie? quero ir ali com ela, tomar sorvete às onze da noite numa rua vazia e depois vê-la fazer o truque do guarda-chuva (aquele que ocorre pouco antes de mandarem os palhaços entrar), mas comigo junto. ):

 

i don't want to live through the winter

o céu está lilás. olivia lefou dorme no meu colo. desde que descobri sua cegueira monocular, a amo mais ainda. a cada dia desisto de uma coisa. tudo está tão vazio. tudo está aqui, mas não está não.

f. me desenhou um barco azul, com quatro algodões-doces (ou lâmpada redondíssimas) cor de rosa, de lápis aquarelável, ontem a noite.
desde então, não vejo motivos para não ir embora, navegando á deriva por um mar de leite, com mil diabos aquáticos, eu diria, e usaria um tapa olho, e seria engolida por uma serpente marinha ou por um peixe gigantesco, gordo e mau e verde como uma ervilha.
mas ervilha com leite deve fazer mal, então nem comecemos.

Friday, June 15, 2007

 

so we called her olivia.

eu tenho um novo bebê-gato-preto que atende pelo nome de Olivia Lefou.
Olivia, A Boba, tem quatro meses e olhos que mudam de cor, e é doce como um cubo de açúcar, aquiescente a tudo. toma comprimidos com a elegância de uma diva deprimida e é âme-soeur de Cannibal, aquele mesmo, o que sabia tudo e pertenceu à uma garota que outrora chamávamos de Lani, mas agora não chamamos mais pois ela se escondeu na torre mais alta de um castelo de cartas e agora repousa em paz para sempre.
ou até o próximo pesadelo vir cuspir-lhe no rosto.

Sunday, June 10, 2007

 

en mi corazón:

tú.

 

sing us a song to keep us warm.

eu gostaria, meu bem, de entrar debaixo da mesa, rasgar todos os meus diários e construir robôs de papel. tudo ficou para trás. eu diria, meu bem, veja só:
"o mundo é novamente monocromático, tudo é papel, asas, hospitais e pérolas e chuvas, não precisa ter medo.

mas eu quero chorar até perder o fôlego, e não é nada."

Thursday, June 07, 2007

 

dead sunflower seeds.

i get along without you very well, of course i do.
except when soft rains fall
and drip from leaves, then i recall
the thrill of being sheltered in your arms.
of course i do.

but i get along without you very well.

i've forgotten you just like i said i would, of course i have.
except to hear your name
or someone laugh that's just the same

but i've forgotten you just like i should.

what a guy, what a fool am i
to think my aching heart could kid the moon.
what's in store?
should i phone once more?
no, it's best that i stick to my tune.

i said that i get along without you very well, of course i do.

except, perhaps, in spring.
but i should never even think of spring,
for that would surely break my heart in two.

Tuesday, June 05, 2007

 

"besides, maybe this time is different, i mean, i really think you like me."

incrível. um ano depois e sua escrita não melhorou em nada, uma chuva viscosa de vodka barata e clichês do século passado. pobre doutor hortelã, ainda sonhando com os fluorescentes fantasmas dos beatniks -- porém tudo o que tem é a carcassa de um glammonstro apodrecendo sob a cama, o único que realmente o amou, mas agora é tarde, tão tarde, tarde demais.
você envelheceu. a pirotecnia do que poderia ter sido ainda estoura sobre seu travesseiro, acendendo a chama obscena dos seus sonhos. é lamentável, patético, quase triste.
você se tornou minha tábua de tiro ao alvo favorita, nos dias lilases.

 

trocadilhozinho ridículo nº 82

descobri. é tudo um problema de má temática.

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